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Eu sou tudo aquilo que se lê em meus textos... Eu sou o avesso desta imagem, eu sou o sonho que não termina, a estrada que vai direto para o infinito. Eu sou conteúdo, jamais o rótulo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Do fundo do coração... Adeus

Não sei ao certo, mas acho que esta carta (que tinha tudo para ser uma carta de amor) se tornou uma carta de despedida; não a de corpos! Mas a de sentimentos... Tudo começou tão de repente, quando me dei conta já estávamos mais além do que pensava e queria estar. Foi tudo tão... Tão... (fiquei sem palavras) Confuso! Acho que seria isso. Imaginava uma coisa e aconteceu outra totalmente mais intensa e profunda do que a outra coisa que eu queria. O que era para durar um dia, durou um mês. Não sei se foi covardia de dar um ponto final antes de ter escrito o primeiro parágrafo ou a primeira letra de mais um capítulo no livro da minha vida; ou tentar fazer você superar tudo o que viveu anteriormente; ou pela pressão que foi colocada pelos outros; ou.. Ou... (desculpas... Mais uma vez fiquei sem palavras) Ou simplesmente para não ficar sozinho.

Mas aconteceu e não há como voltar atrás ou há um motivo para se arrepender. Se ter começado tiver sido um erro, levarei este erro por toda a minha vida, como aprendizado ou seja lá o que for. Mas ter começado também pode ter sido um acerto, - ora! Se foi um acerto por que terminou? - A resposta é simples: talvez tenhamos encontrado a pessoa certa, mas só que num momento errado. Talvez ambos os corações não estivessem plenamente abertos a um novo "coração", talvez o problema estivesse no fato de termos colocado a carroça na frente do boi, sei lá, primeiro o relacionamento, depois a amizade. Não sabíamos muito um do outro (limites e coisas do tipo), não estávamos ouvindo o coração do jeito certo; não estávamos sendo amigos a cima de tudo! E acho que o problema estava aí. Fomos descobrindo com o tempo o que éramos para ter descoberto antes. E eu fui sentindo com o tempo que o rumo que eu dei à minha vida não foi bem o que eu queria.

Às vezes, queria estar lá, mas estava aí; ou estava aí, mas queria estar lá. Isso me confundia (confunde!). E com o tempo o sentimento foi surgindo e quando me dei conta eu já estava com um espaço no seu coração, mas o espaço que guardei continuava vazio, vazio... E só ia se preenchendo o espaço da amizade, e foi aí que percebi o erro que estava cometendo. Estava brincando com uma coisa que não me pertencia, estava brincando, mesmo sem querer, com os sentimentos de outra pessoa; que já sofreu demais e não merece sofrer tudo de novo sem necessidade!

Me veio agora um 'flash' (daqueles que achamos que só acontecem nos filmes) do momento em que você disse que não queria sofrer, que já tinha sofrido demais, e outras coisas; e me lembro que eu ouvi tudo o que você disse. Mas eu não disse. Eu me calei. Eu fingi que tudo o que você pensava que eu queria, era o que você queria que eu quisesse. Quando na verdade, o que eu queria estava longe de ser o que você queria que fosse, e eu me calei... Concordei com tudo, sabendo que não era para passar do dia 02/12, não era para nos vermos no dia 3/12 e ficarmos novamente e chegar no dia 4/12, depois o seguinte, e depois o seguinte do seguinte, e depois o dia seguinte ao dia que já foi seguinte e chegar a um mês. Não era para ser assim! Embora o meu coração estivesse o tempo todo aberto para que uma nova pessoa o ocupasse, eu não estava disposto a um relacionamento, mas decidi, sei lá, "ver se era isso que eu queria". E acho que se eu pudesse voltar no tempo e mudar tudo, voltaria e mudaria, para evitar o que estamos passando hoje; evitar a situação que eu (em partes), conscientemente, nos coloquei.

Desculpa por tudo! Por te fazer acreditar em um sentimento, em um relacionamento, em um futuro, em minhas ideias, em uma dupla de sentimentos. Desculpa por te fazer acreditar em mim.

Mas tem certas coisas que não podemos fazer nada para impedir. E outras que a melhor solução é o fim, para que os sentimentos sejam simplesmente apagados (dando assim a oportunidade de surgir um novo) e não destruídos (eliminando qualquer outro surgimento).
E para mim, a melhor saída foi o fim. Para que o machucado seja menor e a ferida que ficar, seja ao menos suportável.

Não sei, acho que era só isso que eu queria que você soubesse... Mas se não for que diferença faz? Já acabou! (fiquei um tempo em silêncio) Mas às vezes eu acho que não... Não que eu sinta algo por você ou ache que você ainda sinta por mim. Mas é que alguma coisa ficou oculta, mal explicada talvez. Só que eu não sei o que é...

******* ********* Esta carta foi escrita em 05/01/2007, para uma menina que eu estava tendo um 'relacionamento sério'. Até hoje, ela nunca soube da existência desta carta e eu também nunca comentei. No último parágrafo eu escrevi: "Já acabou! Mas às vezes eu acho que não..." Pois é, tinha razão! No dia 30/12/2007, voltamos e ficamos namorando uns quatro meses.
Acho que agora sim posso dizer: "Não sei, acho que era só isso que eu queria que você soubesse... Mas se não for que diferença faz? Já acabou! E agora é para sempre..."